Imagine a cena:  o palestrante sobe no palco, fala por uma, duas, três horas, e ao final, já retornando para casa, comenta com algum amigo ou assessor: “Que palestra excelente! Tive o tempo todo a atenção do time da empresa, tenho plena certeza de que todos adoraram. Como é boa a sensação do dever cumprido…”.

Entretanto, alguns dias depois, quando o setor de Recursos Humanos da empresa fez a tabulação dos funcionários que assistiram à palestra foram vistos os resultados: não gostei/não entendi 64%; o assunto não foi claro 36%; além de alguns outros comentários nada motivadores.

Aí vem a pergunta: o que aconteceu?

Comunicação é, antes de mais nada, a arte da humildade e da empatia: humildade em reconhecer que 100% da responsabilidade da eficiência dos resultados é única e tão somente do comunicador; além de preocupar-se também com a manutenção da empatia com seu interlocutor (plateia), pois ele e somente ele será o determinante de seu sucesso como comunicador.

A base de uma comunicação eficiente, embora todo comunicador adore falar (o que já está subentendido na própria definição do termo), a base de uma comunicação eficiente é, curiosamente, ampliar sua capacidade de ouvir e observar. Seu interlocutor ou sua plateia lhe oferecem pistas o tempo todo e à medida em que você observa e treina sua mente para captar estas informações, estará enriquecendo e aprimorando o seu discurso e, consequentemente, seu sucesso e resultados.

Use como mantra: “quanto mais eu ouço e observo, melhor eu falo…”