A Mega Estratégia nasceu de uma premissa simples: buscar soluções onde estivessem, da forma mais contundente e objetiva possíveis.
Para exemplificar, seguem algumas situações e suas aplicações.

Simplificar

Fui professor de economia durante alguns anos e em muitas universidades escutava dos coordenadores que as pessoas não gostavam de economia, que eram avessas aos conceitos e que encontraria muita resistência da parte deles.

Mais tarde, como consultor em algumas empresas, havia discursos parecidos, não especificamente com relação à economia mas com relação a hábitos e costumes corporativos. Na verdade, em ambos os casos a solução se encontrava bem sintetizada em uma frase de Max Gehringer “complicar é fácil, difícil é simplificar”, que lembra também Hans Hoffman “a capacidade de simplificar significa eliminar o desnecessário para o que necessário possa aparecer”.

Assim, nos trabalhos nas empresas desafiamos primeiro as pessoas a pensar quais são os processos que podem ser simplificados; tudo o que faço realmente é necessário para meu negócio ou, faço apenas por hábito? Como fazer melhor e com menos tempo? Quem é o melhor nisto que faço e como posso fazer igual ou melhorar? Um dos princípios básicos em reuniões de coaching de diretoria é lembrar sempre que:
Ideia boa é a que não precisa ser explicada
Simples assim, basta falar e pronto. Quando começa a precisar de muitos parênteses, notas de pé de página, normalmente significa uma coisa só: tem gordura.
Logo: simplificar, simplificar e simplificar.
Aonde chegar

Muitos empresários e empreendedores são realmente apaixonados pelo que fazem, só que ficam tão presos na gestão e processos do cotidiano que esquecem de saber realmente aonde querem chegar e, mais ainda, o que farão quando chegarem lá.

Nos trabalhos de confecção de planejamento estratégico, uma das barreiras entre a teoria e a efetiva execução vem exatamente destes pontos: qual o meu foco principal? O que realmente espero deste projeto? Quais são as consequências positivas quando da sua execução e quais serão os próximos passos?

O mais curioso é que ficou visível um fenômeno que chamamos de Lua e Flor, olha a explicação aí…

Lua e Flor
Oswaldo Montenegro

Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor
Eu sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão
Eu amava
Como amava um sonhador
Sem saber porquê
E amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não
Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar…

Parece brincadeira, mas tem um fundo de verdade. É igual à música do Oswaldo Montenegro, o empreendedor, em linhas gerais, “se encanta mais com a rede que com o mar”. Em nossa realidade são tantos desafios a serem superados e tanta atenção a ser dispensada, que o objetivo real ou não aparece, ou fica “temporariamente” em segundo plano.

Assim, o exercício de visão dissociada, que consiste basicamente em analisar uma cena ou possibilidade sob o ângulo de um terceiro, elimina de forma eficiente o componente “emocional” e facilita a visibilidade do real foco da questão.
Colaboração e Colaboradores

Em todas as áreas, da siderurgia às empresas de paisagismo, sempre ocorreu um ponto em comum: o percentual de sucesso é diretamente proporcional ao comprometimento e ao nível de satisfação dos colaboradores.

O óbvio aparente nem sempre é o efetivamente praticado. Lembra do pescador que gostava mais da rede que do mar? Imagina então se ele vai se lembrar dos outros pescadores!

Assim uma aparente brincadeira apresentava para os participantes um efeito surpreendente. Solicitamos aos participantes das equipes, gerenciais, de produção ou de direção, que escolhessem uma bandeira entre várias possibilidades de imagem. Depois de selecionados, apresentávamos um desafio: cada um deveria dizer o que significava para ele aquela escolha em detrimento das outras. A seguir, outro desafio: tentar aglutinar todos os participantes em uma só imagem, abrindo mão de todas as demais.

Ao fim do exercício, levantávamos a imagem escolhida e verificávamos junto ao aparente vencedor, quais foram os argumentos utilizados para a escolha da imagem final. Só aí vinha a verdadeira questão: durante as sessões de tentativa de convencimento eu estava preocupado em fazer prevalecer o meu foco ou dedicava alguns minutos a tentar entender o foco do outro? Em resumo: buscava o que realmente era melhor, ou o melhor para mim?

Podemos implantar inúmeros e dispendiosos programas de motivação e acompanhamento, mas somente a ampliação de nossa capacidade de ouvir e entender a ótica do outro é que será sempre um grande diferencial competitivo.
Controle seu caminho

Quanto mais avançamos em nossos desafios nas empresas, mais nossas agendas começam a ter vida própria. Uma série de compromissos importantes e inadiáveis começam, surpreendentemente, a aparecer, até que fatores como estresse, ansiedade e fadiga apareçam também.

Controlar seu caminho e seu tempo é basicamente definir o que REALMENTE é importante; o caminho é ter em mente que sua agenda deve ser definida principalmente por você e não pelos outros.
Sucesso e Prosperidade.